"Todas as noites eram iguais naquela aldeia, com um céu cheio de estrelas coloridas que faziam as pessoas sonhar."
Quando o ursinho ouviu esta história ficou muito curioso. No topo da sua gruta a noite era escura e as estrelas, embora belas e cintilantes, só poderiam ser brancas. Sim, porque para o ursinho as estrelas só poderiam ser brancas. E ele não percebia porque é que naquela aldeia em especial as estrelas eram azuis, verdes, vermelhas, amarelas, rosa, laranja... de todas as cores!
Perante a curiosidade, o pequeno urso decidiu calçar umas botas e pôr a mochila, preparar a máquina fotográfica e partir à descoberta desta aldeia mágica!
Quando iniciou o caminho teve que descer toda a colina que dava da sua aldeia para o lago. Pelo caminho foi encontrando árvores de diferentes alturas, formas e folhagem. O ursinho decidiu fotografar cada nova árvore, recordando o seu cheiro e textura.
Nas margens do lago pediu boleia a um barqueiro que ia de passagem e fez a sua travessia calmamente, apreciando os pequenos peixes que saltitavam nas águas. Logo se dedicou a disparar a sua máquina, gravando nas fotos a alegria dos pequenos peixes dançantes.
Continuou o seu caminho cruzando uma seara dourada, onde rastejavam pequenos bichos de pele nua e escamosa. Ao urso não podiam faltar os flaches da máquina para recordar estes bichos tão estranhos para o urso.
Passando de terras douradas para verdejantes, acompanhava as corridas dos veados, que ao longe brincavam. O Urso sorriu e gravou também estes momentos na sua máquina fotográfica.
Andou... Andou...
Até que já fazendo noite, e estando o ursito cansado de caminhar, decidiu deitar-se no prado e descansar, de barriguita pra cima... Fechou um pouco os olhos, ouvindo as canções das cigarras. Abriu-os depois lentamente, quase como que despertando de um sono profundo, e pelo meio da névoa foi descobrindo no céu cores, muitas cores e brilhantes.
Oh, eram as estrelas coloridas que ele tanto tinha ouvido falar. O ursinho ficou naturalmente apaixonado, embriagado por aquele céu estrelado. Era lindo, cheio de cor e de vida. Cada estrela tinga um sorriso diferente, como se fossem pessoas tão diferentes e por isso mesmo se complementavam tão bem. O Céu era lindo, um autêntica composição de alegria e vida.
Embalado pela beleza deste céu deslumbrante, o ursinho deliciou-se e adormeceu com um sorriso no coração.
De manhã quando acordou, espreguiçou-se nas ervas e só depois se lembrou que tinha a máquina fotográfica bem ali ao lado e nem sequer lhe tinha tocado para depois poder mostrar aos seus amigos que as estrelas coloridas efectivamente existiam.
Nesse momento o ursinho percebeu que os momentos realmente importantes na nossa vida deixam marcas que ultrapassam as telas da fotografia... ficam para sempre gravadas no nosso coração!
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
domingo, 11 de novembro de 2007
A menina de cabelo Azul
Hoje a manhã acordava como qualquer outra, cheia de sol e de vida. E ainda com olhinhos ensonados, a menina de cabelo azul despertava os braços para o alto, abraçando o mundo.
Esta era uma menina muito especial, não só por ter o cabelo azul, mas porque todos os dias, punha o seu chapéu de palha na cabeça e dançava com os pássaros. Saía para o pátio e dançava pelos caminhos e campos até deitar nas searas e dizer: "Sou tão bonita como o céu - sorria - por isso os passarinhos gostam tanto de mim!"
Esta menina era feliz porque vivia debaixo das asas de tantos passarinhos que a faziam sonhar e sorrir.
Todos os dias, bem antes de ir para a escola, repetia a mesma dança com os passarinhos, e todos na aldeia saudavam a menina azul e sua doce alegria.
Um dia, os pais da menina de cabelo azul fizeram uma grande viagem para conhecer a cidade. A menina viajava encantada com os prédios altos, as luzes tão brilhantes a rasgar os céus e as pessoas que, segundo ela: "Passavam dançando umas pelas outras, tão depressa, que nem dava tempo pra dizer olá."
Os Pais e a menina de cabelo azul gostaram do brilho da cidade e foram ficando por lá...
A menina conheceu uma nova escola, onde os meninos tinham sempre o cabelo castanho, alguns mesmo bem escuro... E a menina perguntava-se porquê? "Porque é que estes meninos não são como os da minha aldeia que tinham o cabelo às cores?
Lá na minha aldeia, havia o menino de cabelo dourado, que rolava nas searas de trigo até se tornarem um só!
A menina de cabelo vermelho, que passava os dias pendurada nas cerejeiras a deliciar-se com o sabor das cerejas e a fazer brincos de princesa.
O menino de cabelo verde, que se dedicava a construir casas dentro das árvores mais verdes e frondosas.
E a menina de cabelo côr-de-rosa, que dançava no meio das flores rosa, como se estivesse num conto de fadas!"
Então a menina de cabelo azul descobriu que os meninos da cidade não tinham o cabelo às cores porque não tinham sonhos. Viviam dentro de casas fechadas, cheios de computadores e consolas de jogos... sem construir os seus próprios sonhos. Limitavam-se a viver aquilo que lhes impunham, sem criarem o seus pequenos mundos de fantasia...
Até a menina de cabelo azul já começava a perder a cor do seu cabelo porque não consegui ver os passarinhos como dantes.
Um dia, a menina de cabelo azul teve uma ideia muito bonita e levou os seus colegas de escola a visitar a sua aldeia. Aí eles descobriram que também podiam criar o seu próprio mundo de sonhos, desenhando todos juntos um belo arco-íris!
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Ao lado da cadeira de baloiço
Olá, como estás? Espero que bem...
É a primeira vez que visitas o blog? Ainda bem, pois também foi ainda agora que acabei de preparar a sala pra te receber. Recolhi o maior número de almofadas que tinha, juntei uma mesa no centro (com algumas surpresas) e claro está preparei a cadeira de baloiço!
Mas aproxima-te, senta-te aqui nesta almofada ao lado do meu baloiço. Será a partir dele que todas semanas te vou contar uma nova história, tal como as avós faziam aos netos nos contos de "Era uma vez..."
E para animar os nossos momentos de leitura, preparo também algo para pôr na mesa: um doce, um mimo... Uma surpresa que aqueça o coração.
Conto contigo para participares nos nossos momentos de leitura e partilha, porque as palavras não se fazem apenas a uma voz.
Entretanto, visita também alguns dos amigos "Blogs com histórias!"
E até já...
É a primeira vez que visitas o blog? Ainda bem, pois também foi ainda agora que acabei de preparar a sala pra te receber. Recolhi o maior número de almofadas que tinha, juntei uma mesa no centro (com algumas surpresas) e claro está preparei a cadeira de baloiço!
Mas aproxima-te, senta-te aqui nesta almofada ao lado do meu baloiço. Será a partir dele que todas semanas te vou contar uma nova história, tal como as avós faziam aos netos nos contos de "Era uma vez..."
E para animar os nossos momentos de leitura, preparo também algo para pôr na mesa: um doce, um mimo... Uma surpresa que aqueça o coração.
Conto contigo para participares nos nossos momentos de leitura e partilha, porque as palavras não se fazem apenas a uma voz.
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