quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Hoje acordou um gigante adormecido. Gigante pelo coração enorme com que abordo este tema mas há muito sem novidades! Ao que parece um anónimo entusiasmado viu e gostou e isso deu-me vontade de limpar as teias de aranha e voltar a escrever!

O Equilíbrio das Abelhas

Muitos anos tinham passado na aldeia de Tur. Toda as pessoas viviam dos campos mas principalmente do delicioso Mel que as abelhas cultivavam. Era uma aldeia muito acolhedora, em cada casa havia broa de Mel e chá, recebido com um sorriso.

Uma aldeia vizinha, a aldeia de Ter, era muito diferente. Não gostava do doce Mel e vendia flores com espinhos, gozando dos compradores que apreciando as flores se picavam violentamente.

As abelhas que roubavam o pólen em Ter eram as mesmas que produziam o Mel para Tur. "Como podia ser?" Perguntavam-se os anciãos das duas aldeias, como poderiam as abelhas conviver dos dois lados quando as pessoas eram tão diferentes em comportamento.

As abelhas não se preocupavam com estas coisas das pessoas, porque elas sabiam que não podemos ser excessivamente doces, nem excessivamente amargos... Para o sabor estar no ponto é preciso ter um bocadinho de cada. Os dias sabem a nada se nos esquecermos dos diferentes gostos das coisas, mas sempre sem indigestão!

Elas tentavam ensinar aos anciãos que o segredo estava no balanço entre os sabores. Que as pessoas só podiam ser completas se reconhecessem as diferenças! Em vez de morarem em aldeias diferentes, podiam conhecer as beleza por entre os espinhos das flores e arriscarem-se a partilhar o doce do Mel.